(A queda de um gigante repercute muito mais...)
Crônica de Renneé Fontenele
ASCOM/PSC
Goleiro Robinho, após o primeiro gol sofrido. (Renneé/PSC) |
Parnaíba (PI). Diz-se que ‘um gigante quando cai, cai de pé’,
ou ‘o campeão se mostra na derrota’ ou, enfim, ‘não houve um derrotado, mas um
vencido’, como frisou Batista, numa oportunidade.
Pela primeira vez, saímos (eu e minha família) do estádio
como se tivéssemos vencido. Um resultado negativo não passará de um resultado
negativo, não é mesmo?
Pois bem, ser ou não ser, como diria o velho e nobre filósofo,
é a questão. No sábado, entendi o que é ser azulino.
Sair do estádio, tentando ‘digerir’ três gols do adversário,
pensando na bela possibilidade de ver meu clube (e, aí, eu ‘encho o peito’)
numa competição regional, descartada por vários momentos, esboçados em minha
mente, durante a partida, me fez refletir e chegar ao ato conclusivo de que ser
(azulino) é ser muito especial.
Nem sempre a vitória revela a grandeza de algo. Foi esta a
conclusão conseguida.
Como o Parnahyba é grande. É maior do que eu imaginava. A
repercussão do confronto, sobretudo da vitória do Piauí por 3 a 0, foi
magnífica. Magnífica, sim, aos torcedores do Piauí, pela conquista... Magnífica
aos azulinos, não pelo resultado em si, e nem pela consequência dele, mas pela
verificação da satisfação dos ‘adversários’ tricolores, rubro-negros,
alvinegros, dos rivais, enfim, e a constatação da grandeza do clube azulino.
Quem (e, agora, eu indago), por mais exagerado e entusiasmado
que seja o torcedor do Piauí, supôs tal resultado? Nem mesmo o grande treinador
Paulo Moroni, com toda sua competência e ânsia de conquista. As manchetes, os comentários e, mais ‘na frente’, as
confabulações entre os grupos de torcedores, dizem e dirão, quão é grande o
Tubarão...
Aplicar três gols e sair do litoral com o título é,
realmente, fato honrado e, portanto, nobre. Enfrentar um gigante, além do mais,
não é ‘papel pra qualquer um’, especialmente quando se consegue superá-lo.
Pesa-lhes a ‘sina’ do princípio do nosso futebol, da
tradição, da rivalidade, e de tudo o mais que envolve o tradicional clube de
futebol do estado piauiense, o centenário-campeão e pioneiro Parnahyba Sport
Club, com sua fiel e gigantesca torcida e toda a sua rica e estimada história.
Comemorem com exaustão, torcedores rivais, porque o tempo
será curto, muito antes do anoitecer... Aos adversários, o possuir, o
quantitativo... Ao azulino, entretanto, basta-lhe ser... Gigante, pois, será sempre gigante... Seja na vitória ou não.
Ser ou não ser, não é a questão?
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