segunda-feira, 24 de março de 2014

Um lado positivo do resultado negativo

(A queda de um gigante repercute muito mais...)
Crônica de Renneé Fontenele
ASCOM/PSC

Goleiro Robinho, após o primeiro gol sofrido. (Renneé/PSC)
Parnaíba (PI). Diz-se que ‘um gigante quando cai, cai de pé’, ou ‘o campeão se mostra na derrota’ ou, enfim, ‘não houve um derrotado, mas um vencido’, como frisou Batista, numa oportunidade.

Pela primeira vez, saímos (eu e minha família) do estádio como se tivéssemos vencido. Um resultado negativo não passará de um resultado negativo, não é mesmo?

Pois bem, ser ou não ser, como diria o velho e nobre filósofo, é a questão. No sábado, entendi o que é ser azulino.

Sair do estádio, tentando ‘digerir’ três gols do adversário, pensando na bela possibilidade de ver meu clube (e, aí, eu ‘encho o peito’) numa competição regional, descartada por vários momentos, esboçados em minha mente, durante a partida, me fez refletir e chegar ao ato conclusivo de que ser (azulino) é ser muito especial.
Nem sempre a vitória revela a grandeza de algo. Foi esta a conclusão conseguida. 

Como o Parnahyba é grande. É maior do que eu imaginava. A repercussão do confronto, sobretudo da vitória do Piauí por 3 a 0, foi magnífica. Magnífica, sim, aos torcedores do Piauí, pela conquista... Magnífica aos azulinos, não pelo resultado em si, e nem pela consequência dele, mas pela verificação da satisfação dos ‘adversários’ tricolores, rubro-negros, alvinegros, dos rivais, enfim, e a constatação da grandeza do clube azulino.

Quem (e, agora, eu indago), por mais exagerado e entusiasmado que seja o torcedor do Piauí, supôs tal resultado? Nem mesmo o grande treinador Paulo Moroni, com toda sua competência e ânsia de conquista. As manchetes, os comentários e, mais ‘na frente’, as confabulações entre os grupos de torcedores, dizem e dirão, quão é grande o Tubarão...

Aplicar três gols e sair do litoral com o título é, realmente, fato honrado e, portanto, nobre. Enfrentar um gigante, além do mais, não é ‘papel pra qualquer um’, especialmente quando se consegue superá-lo.

Pesa-lhes a ‘sina’ do princípio do nosso futebol, da tradição, da rivalidade, e de tudo o mais que envolve o tradicional clube de futebol do estado piauiense, o centenário-campeão e pioneiro Parnahyba Sport Club, com sua fiel e gigantesca torcida e toda a sua rica e estimada história.

Comemorem com exaustão, torcedores rivais, porque o tempo será curto, muito antes do anoitecer... Aos adversários, o possuir, o quantitativo... Ao azulino, entretanto, basta-lhe ser... Gigante, pois, será sempre gigante... Seja na vitória ou não. Ser ou não ser, não é a questão? 

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